João e Maria e a recepção infantil: do conto de fadas tradicional ao contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.30905/rde.v8i1.901Palavras-chave:
Literatura infantil, Estratégias de leitura, Conto de fadas, Leitura de contos, RecepçãoResumo
Os contos de fadas são obras clássicas que permanecem vivas ao longo do tempo, seja por meio de versões originais, adaptações ou releituras. Desde cedo, as crianças estão em contato com os conhecimentos historicamente acumulados pela humanidade, e através da oralidade, elas se conectam com os bens culturais de diferentes sociedades e culturas. Para introduzir, em sala de aula, esse vasto universo cultural e literário, é necessário um mediador mais experiente. Uma das maneiras eficazes de realizar essa mediação é por meio do trabalho com a literatura em sala de aula. Este estudo tem como objetivo analisar uma prática desenvolvida à partir do conto “João e Maria", comparando as versões dos irmãos Grimm e a adaptação brasileira da autora e ilustradora Rosinha. Entendemos a literatura como um direito universal. Ao serem compartilhadas em situações vivenciadas por leitores mais experientes, as crianças podem aprender as estratégias de leitura necessárias para a compreensão dos textos, tornando-se leitores proficientes. Nesse sentido, quanto mais cedo as crianças forem expostas a situações formais, sistematizadas e planejadas que envolvem estratégias de leitura, maior será a probabilidade de elas compreenderem e apreciarem os textos clássicos e suas releituras. A base teórica deste estudo inclui os trabalhos de Colomer (2007), Solé (1998), Girotto & Souza (2010), além de outros autores que fundamentaram nossas discussões, como Abramovich (1993). Portanto, destacamos que o contato com boas obras literárias durante a infância contribui significativamente para a formação leitora das crianças.
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Referências
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