Diretrizes curriculares nacionais para a formação docente: a importância das relações interpessoais no ambiente escolar.
DOI:
https://doi.org/10.30905/rde.v7i1.683Palavras-chave:
Formação docente, Relações Interpessoais, Políticas Públicas de EducaçãoResumo
Este artigo tem por objetivo discutir como são abordadas as relações interpessoais no ambiente escolar no documento Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica, Resolução CNE/CP n.º 02/2015. A relevância dessa pesquisa se justifica porque as relações interpessoais constituem a base da convivência humana e são balizadoras das experiências e vivências estabelecidas na escola em seu cotidiano. É importante refletir sobre quais aspectos essas relações são vivenciadas na escola e como têm recebido atenção nos estudos acadêmicos, principalmente nas últimas décadas. Nesses termos, é possível observar que pesquisas sobre as políticas públicas também têm se aprofundado e orientam para o desenvolvimento de ações que tornem as relações interpessoais proficientes. Como metodologia para a obtenção dos dados, foi utilizada a pesquisa bibliográfica, realizada no portal de periódicos da Capes, a partir do descritor “relações interpessoais na formação docente”. As pesquisas apontam que na escola, não raro, formam-se grupos de disputa em que há desarmonia das inter-relações, desconfigurando-se as ações educacionais e minando os processos qualitativos entre ações, currículos e o ensino-aprendizagem. Os resultados desta pesquisa revelam que o aprofundamento e a reflexão da temática, buscando construir estratégias qualitativas de convivência positiva, refletem melhoramento das relações interpessoais na convivência harmônica e proativa no ambiente escolar.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Laurinda Ramalho; PLACCO, Vera Maria N. (org.). As relações interpessoais na formação dos professores. São Paulo: Loyola, 2002.
ALVARO-PRADA, I. E. Formação participativa e docentes em serviço. Taubaté: Cabral Universitária, 1997.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC): educação é a base. Brasília, DF: MEC-Consed-Undime, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf. Acesso em: 23 mar. 2018.
BRASIL. Congresso Nacional. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996.
BERTOTTI Gisele Rietow; ENS Romilda Teodora; SIQUEIRA, Ana Paula de Moraes. Formação continuada no Brasil: a teia de concepções que a definem e regulam Cadernos de Pesquisa: Pensamento Educacional, Curitiba, v. 11, n. 28, p.17-44, maio/ago. 2016.
BRENNER, Carmem Eloisa B.; FERREIRA, Liliana S. Trabalho pedagógico, gestão e as relações interpessoais na escola. Revista Iberoamericana de Educación, v. 82, n. 2, p. 47-63, 2020.
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Ministério da Educação. Parecer CNE/CP Nº: 2/2015. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica. Diário Oficial da União, seção 1: Brasília, DF, p. 13, 25 jun. 2015.
CRUZ, Maria do Perpetuo Socorro. As relações interpessoais entre diretor e professores com fatores de mobilização do trabalho coletivo na escola. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação: Formação de Formadores) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2016.
DEL PRETTE, Almir; DEL PRETTE, Zilda A. P. Psicologia das relações interpessoais: vivências para o trabalho em grupo. 11.ed. Petrópolis: Vozes, 2014.
ELLER, Edson Wander. A concepção de mediação de conflitos no ambiente escolar. 2019. 72 f. Dissertação (Mestrado em Educação: Currículo) – Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: Currículo, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2019.
FERREIRA, Aurino Lima; ACIOLY-RÉGNIER, Nadja Maria. Contribuições de Henri Wallon à relação cognição e afetividade na educação. Educar, UFPR, Curitiba, n. 36, p. 21-38, 2010.
GALINDO, Camila José; INFORSATO, Edson do C. Formação continuada de professores: impasses, contextos e perspectivas. Revista on-line de Políticas e Gestão Educacional, v. 20, n. 3, p. 463-477, 2016.
GATTI, B. A formação inicial de professores para a educação básica: as licenciaturas. Revista USP, São Paulo, n. 100, p. 33-46, dez./jan./fev. 2013-2014.
GATTI, B. A. et al. Professores do Brasil: novos cenários de formação. Brasília, DF: Unesco, 2019. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org. Acesso em: 23 mar. 2018.
GASPAR, Maria Aurora Dias. Aprendendo a conviver: um estudo que prioriza as relações interpessoais na comunidade escolar. 2009. 216 f. Tese (Doutorado em Educação: Psicologia da Educação) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2009.
MARTINS, L. M. A formação social da personalidade do professor: um enfoque vigotskiano. Campinas: Autores Associados, 2007.
REIS, Adriana Teixeira; ANDRÉ Marli Eliza Dalmazo Afonso de; PASSOS, Laurizete Ferragut. Políticas de Formação de Professores no Brasil, pós LDB 9.394/96. Revista Brasileira de pesquisa sobre Formação Docente, Belo Horizonte, v. 12, n. 23, p. 33-52, jan./abr. 2020.
RIBEIRO, Elvira Maria Portugal Pimentel. Intervenção docente nos conflitos interpessoais de estudantes: formas e fatores de interferência. 2018. 162 f. Dissertação (Mestrado em Educação: Educação, Sociedade e Culturas) – Departamento de Educação, Programa de Pós-Graduação Em Educação, Universidade Estadual de Feira de Santana, 2018.
GOMES, Candido Alberto; PEREIRA, Marlene Monteiro. A formação do professor em face das violências das/nas escolas. Cadernos de Pesquisa, v. 39, n. 136, p. 201-224, jan./abr. 2009.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
VINHA, Telma Pileggi. et al. O clima escolar e a convivência respeitosa nas instituições educativas. Est. Aval. Educ. São Paulo, v. 27, n 64, p. 96-127, jan./abr. 2016.
WALLON, H. A evolução psicológica da criança. Lisboa: Edições 70, 1968.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Devir Educação
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A reprodução, total ou parcial, dos artigos aqui publicados fica sujeita à expressa menção da procedência de sua publicação, citando-se a edição e data dessa publicação. Para efeitos legais, deve ser consignada a fonte de publicação original.