O reformismo educacional no contexto da mediação capital do trabalho: aproximações com as reformas curriculares em curso no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.30905/ded.v4i2.280Palabras clave:
Trabalho, Educação, Reforma CurricularResumen
O presente trabalho tem por objeto a análise da mediação do capital sobre o trabalho e suas implicações para a educação, com especial incidência sobre a agenda de reformas curriculares. Responde pelo objetivo de aproximar teoricamente a caracterização das reformas curriculares em curso no Brasil às exigências dos modelos de organização do trabalho na sociedade capitalista. Metodologicamente, estrutura-se como análise dialética (FRIGOTTO, 1997), com o auxílio da técnica de Análise de Conteúdo, aos moldes do que propõe Bardin (2002). O trabalho possibilita perceber que as caracterizações e disciplinamentos exigidos pelo mundo capital ao trabalho implicam, consequentemente, em exigências reformistas para o âmbito da educação, especialmente, para as políticas curriculares. Isto possibilita perceber a contínua aplicação de um aparato reformista em educação, justificado como necessário para a adequação formativa do indivíduo, face às novas exigências do mundo do trabalho na sociedade capitalista.
Descargas
Citas
ALVES, Giovani. Trabalho e subjetividade: O espírito do toyotismo na era do capitalismo manipulatório. São Paulo: Boitempo, 2011.
ANTUNES, Ricardo; PINTO, Geraldo Augusto: A fábrica da educação da especialização taylorista à flexibilização toyotista. São Paulo: Cortêz, 2017.
ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho: Ensaios sobre a afirmação e a negação do trabalho. 2ª ed. São Paulo: Boitempo, 2009.
ANTUNES, Ricardo. O privilégio da servidão: O novo proletariado na era digital. 1ª ed. São Paulo: Boitempo, 2018.
BENITE, Anna Maria Canavarro. Considerações sobre o Enfoque Epistemológico do Materialismo Histórico-Dialético na Pesquisa Educacional. Revista Iberoamericana de Educación / Revista Ibero-america de Educação. Nº 50, septiembre, 2009, p. 1 – 15.
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Constituição de (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília. Senado Federal, 1998.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução nº 02 de 22 de dezembro de 2017. Base Nacional Comum Curricular. Brasília. 2017. Disponível: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/historico/RESOLUCAOCNE_CP222DEDEZEMBRODE2017.pdf Acesso em 25 de março de 2020.
BRASIL. Lei n. 5.692, de 11 de agosto de 1971. Lei de Diretrizes e Bases para o ensino de 1° e 2º graus, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder legislativo: Brasília, DF, 12.08.1971, Ano CLX, n. 203, Seção I, p. 6377-6380, 1971.
CIAVATTA, Maria; RAMOS, Marise. A “era das diretrizes”: a disputa pelo projeto de educação dos mais pobres. Revista Brasileira de Educação. v. 17. nº 49, jan/abr. 2012.
CIERVO, Tassia Joana Rodrigues; SILVA, Roberto Rafael dias da. A Centralidade das Competências Socioemocionais nas Políticas Curriculares Contemporâneas no Brasil. In.: Revista e-Curriculum. São Paulo, v.17, n.2, p. 382 – 401, abr./jun. 2019
FRIGOTTO, Gaudencio. O Enfoque da Dialética Materialista Histórica na Pesquisa Educacional. In.: FAZENDA. Ivani. (Org). Metodologia da Pesquisa Educacional. São Paulo: Cortez, 1997, p. 69 – 90.
FRIGOTTO, Gaudêncio. Educação e a crise do capitalismo real. São Paulo: 6ª ed. Cortez, 2010.
FRIGOTTO, Gaudêncio. Novos fetiches mercantis da pseudo-teoria do capital humano no contexto do capitalismo tardio. Rio das Ostras, 2013.
HOBSBAWM. Eric J. Mundos do trabalho: Novos estudos sobre a história operária. São Paulo: 6ª ed. Paz e Terra, 2015.
LEONTIEV, Alexis. O Desenvolvimento do Psiquismo: O Homem e a Cultura. Lisboa: Horizonte Universitário, 1978.
MACEDO, Elizabeth. Base Nacional Comum Curricular: novas formas de sociabilidade produzindo sentidos para a educação. Revista e-Curriculum. São Paulo. V. 12, nº 03, p. 1530 – 1555, out/dez. de 2014.
MARTINS, Sérgio Pinto. Breve histórico a respeito do trabalho. Universidade de São Paulo, 2000.
MÉSZÁROS, István. A educação para além do capital. São Paulo: Boitempo, 2008.
RAMOS, M.N. A Pedagogia da Competências: autonomia ou adaptação? São Paulo: Cortez, 2001.
SAVIANI. Demerval. Comunicação oral: Sobre a "Natureza e Especificidade da Educação", realizada pelo INEP, em Brasília, no dia 5 de julho de 1984.
SILVA, Andréa Villela Mafra da. A pedagogia tecnicista e a organização do sistema de ensino brasileiro. In: Revista HISTEDBR On-line. nº 70. Campinas: 2016, p. 197-209.
TEIXEIRA, Déa Lúcia Pimentel; SOUZA, Maria Carolina A. F. Organização do processo de trabalho na evolução do capitalismo. Rio de Janeiro: 1985.
THIESEN, Juares da Silva. Políticas Curriculares, Educação Básica Brasileira, Internacionalização: aproximações e convergências discursivas. Educação e Pesquisa. São Paulo, v. 45, 2019.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
A reprodução, total ou parcial, dos artigos aqui publicados fica sujeita à expressa menção da procedência de sua publicação, citando-se a edição e data dessa publicação. Para efeitos legais, deve ser consignada a fonte de publicação original.