Sociologia para quê? O currículo, a grade disciplinar e o professor de Sociologia no Ensino Médio
DOI:
https://doi.org/10.30905/rde.v6i1.599Palavras-chave:
Sociologia, Ensino, BNCC, CurrículoResumo
O presente artigo questiona porque ensinávamos, ensinamos e ensinaremos a Sociologia na formação de estudantes do Ensino Médio. O tema é relevante diante das transformações subtrativas do peso da Sociologia no currículo. Para tanto, analisa, por meio de revisão bibliográfica, que não se pretende generalizante nem sistemática, os documentos legais que estruturam o currículo no Brasil, associando-os às leituras críticas da bibliografia especializada no tema. Dentre os achados mostra-se que as políticas públicas concebem o currículo como elemento sociocultural de natureza humanista, um conceito pedagógico que vai além de uma mera grade curricular. Assim, as políticas estruturam no currículo uma série de competências que giram em torno da disciplina de Sociologia e da socialização do estudante. Paralelamente, os especialistas no tema analisam o espaço da Sociologia no currículo e confirmam essa percepção de que o currículo embute uma formação para a cidadania, tendo a sua argumentação baseada na desejabilidade, utilidade e adequabilidade pedagógica da disciplina. Por fim, notou-se que BNCC gerou uma fragmentação na formação do estudante, que tende a ser explicada pela interposição de dinâmicas políticas.
Downloads
Referências
ALEXANDRE C. TORT, Felipe Nogarol. Revendo o debate sobre a idade da Terra, Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 35, n. 1, art. 1603, 2013.
ALTERS, B. J.; ALTERS, S. M. Defending evolution in the classroom: a guide to the creation/evolution controversy. Canada: Jones and Bartlett Publishers, 2001. 261p.
BELLINI, L.M. O conceito de evolução nos livros didáticos: avaliação metodológica.
Estudos em Avaliação Educacional, São Paulo, v. 33, 2006.
BIZZO, N. M. V. Pensamento científico: a natureza da ciência no ensino fundamental. São Paulo: Melhoramentos, 2012.
BRASIL. Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Secretaria de Educação Básica. - Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio: ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília, DF. Secretária da Educação Média e Tecnológica,1997.
FUTUYMA, D. J. Biologia evolutiva. 2 ed. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Genética/CNPq, 1992.
FUTUYMA, D.J. Biologia evolutiva. 2. ed. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Genética, 1995.
LICATTI, F. O ensino de evolução biológica no nível médio: investigando concepções de professores de biologia. 2005. 240 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências, 2005.
MARTINS, L. A. P. A teoria da progressão dos animais de Lamarck. 403 p. Dissertação (Mestrado em Genética). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1993.
MARTINS, Lilian Al-Cheyr Pereira. A história da ciência e o ensino de biologia. Ciência & Ensino (5): 18-21, 1998.
MEYER, Diogo; EL-HANI, Charbel Niño. Evolução: o sentido da biologia. São Paulo: Editora UNESP, 2005.
OLIVEIRA, G. S. Aceitação/rejeição da evolução biológica: atitudes de alunos da educação básica. 2009. 162 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade de São Paulo, Faculdade de Educação, São Paulo, 2009.
OLIVEIRA, G. S.; BIZZO, N. Aceitação da evolução biológica: atitudes de estudantes do ensino médio de duas regiões brasileiras. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, v. 11, n. 1, 2011. p. 57-79.
PACHECO, R. B. C.; OLIVEIRA, D.L. O homem evoluiu do macaco? Equívocos e distorções nos livros didáticos de Biologia. In: VI Encontro de Perspectivas do Ensino de Biologia. Anais. São Paulo: FEUSP, 1997.
POPE, C.; MAYS, N., Reaching the parts other methods cannot reach: an introduction to qualitative methods in health and health service research. British Medical Journal, London, n. 311, p. 42-45, 1995.
SANTOS FILHO, J. Camilo dos. Pesquisa quantitativa versus pesquisa qualitativa: o desafio paradigmático. In: SANTOS FILHO, J. Camilo dos; GAMBOA, Silvio Sánchez. Pesquisa educacional: quantidade-qualidade. 4. ed. São Paulo: Cortez, p.13-59, 2001.
SANTOS GOUW, A. M. As opiniões, interesses e atitudes dos jovens brasileiros frente à ciência: uma avaliação em âmbito nacional. 2013. 242 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade de São Paulo, Faculdade de Educação, São Paulo, 2013.
SANTOS, C.M.D.; CALOR, A.R. Ensino de biologia evolutiva utilizando a estrutura conceitual da sistemática filogenética – II. Ciência & Ensino, Campinas, vol. 2, n. 1, 2007.
SCHREINER, C.; SJØBERG, S. Sowing the seeds of ROSE. Acta Didactica 4/2004, p. 120, 2004.
TORT, A.C E NOGAROL, F. – O Debate sobre a idade da terra - Revista Brasileira de Ensino de Física, V,35, n.1, 1603-7, 2013
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Devir Educação
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A reprodução, total ou parcial, dos artigos aqui publicados fica sujeita à expressa menção da procedência de sua publicação, citando-se a edição e data dessa publicação. Para efeitos legais, deve ser consignada a fonte de publicação original.