Percepção de discentes sobre o impacto da pandemia de COVID-19 nas atividades do mestrado profissional em saúde

Autores

  • Rosamaria Rodrigues Garcia Universidade Municipal de São Caetano do Sul-´SP
  • Raquel de Abreu Barbosa de Paula Universidade Municipal de São Caetano do Sul-´SP
  • Carlos Alexandre Felício Brito Universidade Municipal de São Caetano do Sul-´SP

DOI:

https://doi.org/10.30905/rde.v0i0.349

Palavras-chave:

mestrado profissional em saúde; ensino remoto; pesquisa científica; análise de conteúdo automatizada; COVID-19

Resumo

Introdução: A pandemia de COVID-19 modificou abruptamente a sociedade e escancarou fragilidades dos sistemas políticos e econômicos. As atividades de ensino e pesquisa foram afetadas, obrigando instituições, docentes e discentes a reestruturarem suas ações. Objetivo: identificar percepção de alunos matriculados no Programa de Mestrado Profissional em Saúde sobre efeitos da pandemia nas atividades acadêmicas e de pesquisa. Método: estudo quali-quantitativo, transversal, descritivo, sendo aplicado questionário semiestruturado pelo Google Forms®. Foi utilizada Análise de Conteúdo Automatizada, com o software livre Iramuteq® para tratamento dos dados. Resultados: foram recebidas 26 respostas, 88,5% dos participantes estão envolvidos no enfrentamento da pandemia. A qualidade do corpus foi considerada quase adequada (64,71% de aproveitamento). Emergiram 685 ocorrências, sendo 180 formas ativas (palavras distintas) e 58 suplementares, formando único conjunto. O conteúdo foi categorizado em 3 Classes (Clusters), a partir da Classe Hierárquica Descendente. As distribuições de segmentos de textos foram distintas. A Classe 2 foi a maior, com 39,40% dos segmentos de textos, seguida da Classe 1 (33,3%) e da Classe 3 (27,27%). Considerações Finais: de acordo com a percepção dos participantes, a pandemia de COVID-19 provocou alterações nas atividades acadêmicas e de pesquisa. As aulas presenciais foram substituídas pelo ensino remoto. No entanto, as atividades de pesquisa foram afetadas, principalmente quanto à coleta de dados e continuidade da pesquisa, sendo necessárias adaptações. Notou-se o efeito psíquico do isolamento social e mudança no estilo de vida, bem como no convívio com colegas nas atividades acadêmicas e de orientação. Novos estudos podem ser realizados, visando identificar efeitos longitudinais da pandemia nas atividades acadêmicas e de pesquisa.

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Biografia do Autor

Rosamaria Rodrigues Garcia, Universidade Municipal de São Caetano do Sul-´SP

Fisioterapeuta, Doutora em Ciências pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, na área de Serviços de Saúde Pública (2016), Mestre em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (2002), Especialista em Gerontologia pela SBGG - Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (2013), possui especialização em Fisioterapia em Geriatria e Gerontologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (2000). Atualmente é docente da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, no Programa de Mestrado Profissional em Inovação no Ensino Superior em Saúde e na Graduação. É docente do Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Gerontologia do Centro Universitário São Camilo. Leciona desde 2000 em Cursos de Graduação, Pós Graduação e Universidade Aberta a Terceira Idade. Tem experiência clínica em Saúde Pública, Saúde Coletiva, Gerontologia, Fisioterapia em Geriatria e Gerontologia e Fisioterapia em Saúde Coletiva, além de gestão de equipe interdisciplinar e de Centros de Reabilitação e na temática Ensino em Saúde, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino em saúde, gerontologia, saúde coletiva, saúde pública, práticas de cuidado e instituição de longa permanência para idosos.

Raquel de Abreu Barbosa de Paula, Universidade Municipal de São Caetano do Sul-´SP

Raquel de Abreu Barbosa de Paula, 46 anos, enfermeira e pedagoga. Bacharel em Enfermagem - Curso de Enfermagem e Obstetrícia. Escola de Enfermagem da USP/ São Paulo (1997). Especialização em Saúde Mental. Universidade Católica Dom Bosco/São Paulo (2018). Especialização em Enfermagem em Estomaterapia. Escola de Enfermagem da USP/São Paulo (2016). Especialização em Educação Profissional na Área de Saúde: Enfermagem.Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca/FIOCRUZ/(2005). Especialização em Enfermagem em Cuidados Intensivos - UTI. Escola de Enfermagem da USP/São Paulo (2000). Licenciatura em Enfermagem. Faculdade de Letras da USP/São Paulo (1998). Pedagogia - Habilitação em Administração Escolar do Ensino Fundamental e Médio. Faculdade de Educação, Ciências e Letras Don Domênico (2005). Atualmente é professora assistente da Faculdade do Litoral Sul Paulista, em Praia Grande - SP. Cursando pós graduação Gestão Hospitalar desde 2020. Cursando Mestrado Profissional Inovação no Ensino Superior em Saúde, na Universidade Municipal de São Caetano do Sul, desde fevereiro de 2019.

Carlos Alexandre Felício Brito, Universidade Municipal de São Caetano do Sul-´SP

Possui graduação em Licenciatura Plena pela Faculdade de Educação Física de Santo Andre (1990), Mestrado em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (2000); Doutorado em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (2005). É Professor Doutor da Universidade Paulista e Professor-ID da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Exerce a função na USCS na graduação no Núcelo Comum (Metodologia da Pesquisa) e na áre da Educação Física (Disciplinas Específicas). Atua nos Strictu Sensu da USCS em dois programas: i) Mestrado Profissional em Educação; ii) Mestrado Profissional em Inovação no Ensino Superior em Saúde. Atualmente, compõe o grupo de avaliadores do MEC-INEP e Gestor do Programa de Mestrado Profissional em Inovação no Ensino Superior em Saúde da USCS..

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Arquivos adicionais

Publicado

2021-09-18

Como Citar

Rodrigues Garcia, R., de Abreu Barbosa de Paula, R., & Alexandre Felício Brito, C. (2021). Percepção de discentes sobre o impacto da pandemia de COVID-19 nas atividades do mestrado profissional em saúde . Devir Educação, 10–28. https://doi.org/10.30905/rde.v0i0.349