Do processo formativo-educacional no filme Instituto Benjamenta e a superação da imagem ortodoxa, dogmática, pré-filosófica, natural e moral do pensamento em Deleuze e Guattari
DOI:
https://doi.org/10.30905/rde.v6i1.508Resumo
Baseado na perspectiva da geofilosofia de Deleuze e Guattari em um processo que se sobrepõe à relação envolvendo sujeito e objeto enquanto fronteira do pensamento e implica o pensamento como desdobramento de uma violência e as formações genealógicas do saber, o artigo se detém na análise do paradoxal mundo do Instituto Benjamenta em uma construção fílmica adaptada do romance Jakob von Gunten, de Robert Walser, o qual encerra um movimento que traz como conteúdo a matéria que se impõe ao caos imanente e converge para o horizonte que abrange Arte, Filosofia e Ciência. Dessa forma, convergindo para a questão da imagem ortodoxa, dogmática, pré-filosófica, natural e moral do pensamento, o artigo recorre ao filme Instituto Benjamenta enquanto construção que assinala a intersecção de séries infinitas de imagens de pensamento, as quais escapam ao horizonte da circunscrição da visualidade através de inter-relações ilimitadas que emergem carregadas de complexidade em um processo que defende a superação das imagens dogmáticas do pensamento e da mera exposição do conteúdo do arcabouço histórico do pensamento enquanto objeto que tende à reprodução de ideias e noções e implica a “repetição” de interpretações na relação de ensino e aprendizagem, impedindo o exercício de criação de conceitos, característica da Filosofia, segundo Deleuze, convergindo para a necessidade da instauração de uma experiência capaz de viabilizar a emergência do “novo” através das possibilidades suscitadas no acontecimento da construção do conhecimento.
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