Formação Socioemocional: olhares para a docência na educação básica
DOI:
https://doi.org/10.30905/rde.v5i1.345Palavras-chave:
formação; socioemocional; docência; educação básica.Resumo
A partir da década de 1990, iniciou-se um movimento mundial na Educação marcado por reflexões sobre a escola desejada para o século XXI, trazendo à tona, por meio de diferentes documentos, a importância de uma perspectiva ampla do desenvolvimento humano, que incluísse, intencionalmente, aspectos socioemocionais. Essas reflexões impactaram na elaboração de legislações educacionais brasileiras, como a Lei de Diretrizes e Bases para Educação Básica (LDB) e, mais recentemente, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Ainda assim, considera-se um grande desafio para Educação pensar em uma formação docente que tenha em sua base a formação socioemocional como aspecto fundamental. Nesse sentido, o presente artigo, que é fruto de um projeto de pesquisa do nível do mestrado, busca problematizar as categorias da formação socioemocional e da prática docente nos âmbitos da educação básica pública. Os achados apresentados são de natureza inicial e suas possíveis contribuições pretendem ajudar a ampliar os olhares acerca da formação socioemocional para a docência a partir das proposições tanto da LDB quanto da BNCC. Pretende-se, ainda, pensar não somente acerca dos seus modos de aplicação, mas discutir a viabilidade construtora de suas intenções e sentidos, naquilo que pesa a vivência discente, elaboração do currículo, produção de conteúdos didáticos e todas as suas repercussões para a formação humana e seus desdobramentos sociais e políticos.
Downloads
Referências
ALZINA, Rafael Bisquerra; GONZÁLEZ, Juan Carlos Pérez.; NAVARRO, Esther García. Inteligencia emocional en educación. 1 ed. Madrid: Sintesis, 2015.
ANDRADE, Cláudia; FRANCO, Glória. Inteligência emocional como fator protetor do burnout em Professores do 2.º e 3.º ciclos e secundário da RAM. International Journal of Developmental and Educational Psychology. INFAD. Revista de Psicología, v. 6, n. 1, p. 417-426, 2014. Disponível em: <https://www.redalyc.org/pdf/3498/349851790048.pdf> Acesso em: 26 ago. 2020
ARANTES, Mariana Marques. Educação emocional integral: análise de uma proposta formativa continuada de estudantes e professores em uma escola pública de Pernambuco. 2019. 274 p. Tese (Doutorado em educação) – Universidade Federal de Pernambuco/ UFPE, Recife, 2019.
BACICH, Lilian; MORAN, José (Org.). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. 1 ed. Porto Alegre: Penso Editora, 2018.
BRACKET, Marc et al. Emotional Intelligence. In Barrett, Lisa Feldman; Lewis, Michael; Haviland-Jones, Jeannette (Org.). Handbook of emotions. 4 ed. New York: Guilford Publications, 2016, 513-531.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Educação é a Base. Brasília: MEC, 2017. 470 p. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_20dez_site.pdf. Acesso em: 26 ago. 2020.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Congresso. Brasília, DF, 1988.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Lei Federal n.º 9.394, de 26/12/1996.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, p. 126, 1997.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais (ensino médio). Brasília: MEC/SEF, p. 109, 2000.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros nacionais de qualidade para a educação infantil. Brasília: vol. 1, p. 64, 2006.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Continuada de Professores da Educação Básica. Projeto de Resolução CNE/CP. Brasília, 2020.
CASASSUS, Juan. Fundamentos da educação emocional. 1. ed. Brasília: Liber Livro; Unesco, 2009.
CASTILHO-GUALDA, Ruth et al. Resultados preliminares del método RULER en la inteligencia emocional y el compromisso laboral de profesores Españoles. Electronic Journal of Research in Educational Psychology, Espanha, v. 15, n. 3, p. 641-664. Disponível em: < http://ojs.ual.es/ojs/index.php/EJREP/article/view/1733> Acesso em: 15 jan. 2021
DURLAK, Joseph A. et al. (Org.). The handbook of social and emotional learning. 1 ed. New York: The Guilford Press, 2015.
FILATRO, Andrea; CAVALCANTI, Carolina Costa. Metodologias Inov-ativas na educação presencial, a distância e corporativa. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
FREIRE, Isabel et al. A Dimensão Emocional da Docência: Contributo para a Formação de Professores. Revista Portuguesa de Pedagogia, Portugal, v. 46, n. 2, p. 151-171, 2012. Disponível em: <https://impactum-journals.uc.pt/rppedagogia/article/view/1647-8614_46-2_8> Acesso em: 15 jan. 2021
LEWIS, Michael. The emergence of humans emotions. In Barrett, L. F.; Lewis, M.; Haviland-Jones, Jeannette (Org.). Handbook of emotions. 4 ed. New York: Guilford Publications, 2016, 272-292.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 2. ed. São Paulo: Cortez; Unesco, 2011.
NEIRA, Marcos Garcia; JÚNIOR, Wilson Alviano; ALMEIDA, Déberson Ferreira de. A primeira e segunda versões da BNCC: construção, intenções e condicionantes. EccoS Revista Científica, São Paulo, v. 41, p. 31-44, 2016. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=71550055003. Acesso em: 12 jan. 2021.
PACHECO, Natalio Extremeta; BERROCAL, Pablo Fernandez. Inteligencia emocional y educación. 1 ed. Madrid: Editorial Grupo 5, 2015.
PACHECO-SALAZAR, Berenice Pacheco. Educación emocional en la formación docente: Clave para la mejora escolar. Ciencia y Sociedad, 42 (1): 104-110, 2017, DOI: 10.22206/cys.2017.v42i1.pp107-113.
DELORS, Jaques et al. (Org.). Um Tesouro a Descobrir: Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. Brasília: Unesco, 2010. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0010/001095/109590por.pdf>. Acesso em: 26 ago. 2020.
PERONI, Vera Maria Vidal; CAETANO, Maria Raquel; ARELARO, Lisete Regina Gomes. BNCC: disputa pela qualidade ou submissão da educação? Revista brasileira de política e administração da educação, São Paulo, v. 35, n. 1, p. 035 - 056, 2019. Disponível em: <https://seer.ufrgs.br/rbpae/article/view/93094> Acesso em: 15 jan. 2021
SÜSSEKIND, Maria Luiza. A BNCC e o “novo” Ensino Médio: reformas arrogantes, indolentes e malévolas. Revista Retratos da Escola, Brasília, 13(25): 91-107, jan./mai., 2019. Disponível em: <http//www.esforce.org.br>. Acesso em: 12 jan. 2021.
MARQUES, Alcione Moreira; TANAKA, Luiza Hiromi; FÓZ, Adriana Queiróz Botelho. Avaliação de programas de intervenção para a aprendizagem socioemocional do professor: Uma revisão integrativa. Revista Portuguesa de Educação, v. 32, n. 1, p. 35-51, 2019. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0871-91872019000100004&lng=pt&nrm=iso> Acesso em: 07 jan. 2021
WEISSBERG, Roger et al. CASEL guide effective social and emotional learning programs: Preschool and elementary school edition. Chicago: CASEL, 2013.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A reprodução, total ou parcial, dos artigos aqui publicados fica sujeita à expressa menção da procedência de sua publicação, citando-se a edição e data dessa publicação. Para efeitos legais, deve ser consignada a fonte de publicação original.