The
use of social networks in Environmental Education in times of social isolation
El uso de las redes sociales en
Educación Ambiental en tiempos de aislamiento social
Roniel Santos Figueiredo[1]
Laís Machado de Souza[2]
Resumo
Esse estudo objetiva discutir a
utilização das redes sociais para a Educação Ambiental em um contexto de
isolamento social, a partir de proposta metodológica elaborada em uma
disciplina comum a cursos do ensino superior de uma instituição privada. Os
dados foram construídos por meio de enquete investigativa. Os resultados
apontaram para as potencialidades e limitações da utilização do Instagram
enquanto ferramenta didática. Os principais aspectos positivos elencados foram:
a velocidade de acesso, o grande público atingido, a interação entre os
usuários e a democratização do conhecimento. Dentre as limitações,
destacaram-se: a inexistência de acesso universal, a dificuldade em mensurar os
impactos das informações nas ações cotidianas do público e a disseminação de fake news.
Palavras-Chave: Instagram; Práticas Educativas;
Ensino Superior; Meio Ambiente.
Abstract
This study aims to discuss the use
of social networks for Environmental Education in a context of social
isolation, based on a methodological proposal developed in a discipline common
to higher education courses from a private institution. The data were
constructed using an investigative survey. The results pointed to the potential
and limitations of using Instagram as a teaching tool. The main positive
aspects listed were: the speed of access, the large public reached, the
interaction between users and the democratization of knowledge. Among the
limitations, the following stand out: the lack of universal access, the
difficulty in measuring the impacts of information on the public's daily
actions and the dissemination of fake news.
Keywords: Instagram; Educational Practices; University Education; Higher education.
Resumen
Este estudio tiene como objetivo
discutir el uso de las redes sociales para la Educación Ambiental en un
contexto de aislamiento social, a partir de una propuesta metodológica
desarrollada en una disciplina común a los cursos de educación superior de una
institución privada. Los datos se construyeron mediante un examen de
investigación. Los resultados señalaron el potencial y las limitaciones de usar
Instagram como herramienta de enseñanza. Los principales aspectos positivos
enumerados fueron: la velocidad de acceso, el gran público al que se llega, la
interacción entre los usuarios y la democratización del conocimiento. Entre las
limitaciones destacan: la falta de acceso universal, la dificultad para medir
los impactos de la información en el quehacer cotidiano de la ciudadanía y la difusión
de noticias falsas.
Palabras
clave: Instagram;
Prácticas Educativas; Enseñanza Superior; Medio Ambiente.
Introdução
O modelo de produção, consumo e descarte impacta significativamente na
gravidade da crise socioambiental, trazendo à tona as relações que a humanidade
tem desenvolvido no decorrer da história com o meio natural, o explorando como
um recurso para manutenção das suas atividades, bem como, uma forma de ganhos
financeiros, sem preocupação com as futuras gerações.
No cenário atual, o modelo supracitado tem sido veementemente
impulsionado pelo incentivo ao agronegócio e suas consequências reverberam na
diminuição do investimento em iniciativas sustentáveis como a agricultura
familiar e a permacultura que, em grande parte, seguem um modelo pautado na
agroecologia ou na economia solidária e tem seus princípios firmados em um
modelo de produção que geram menos impactos e comprometidos com o bem estar
socioeconômico (Dubex, Batista, 2017)
Nesse sentido, as relações humanas também são impactadas por esse modelo
desigual em que grupos hegemônicos visando o lucro e ancorados nas políticas de
desmonte ambiental contemporâneas, se apropriam e devastam grandes regiões,
expropriando os grupos que historicamente se tornaram minoritários em direitos.
Assim, os movimentos sociais do campo,
indígenas e de pequenos/as agricultores/as têm a sua história marcada pelas
constantes resistências ao avanço desse sistema pernicioso (Loureiro, 2019).
Esse contexto tem fomentado, nas
últimas décadas, calorosos debates sobre a problemática ambiental envolvendo
setores econômicos, grupo de defesa do meio ambiente e dos direitos humanos,
além dos movimentos sociais citados anteriormente. Apesar de ser uma temática
marcada pela presença de controvérsias, o reconhecimento deste problema é
consenso. Contudo, isso não é o suficiente para que sejam apontadas soluções
unânimes (Guimarães, 2016). Assim, os processos educativos podem se constituir
como estratégias na construção de um olhar crítico sobre as questões ambientais.
Nessa perspectiva, a Educação Ambiental (EA) é uma importante ferramenta na
construção de uma sociedade reflita sobre a natureza em uma dimensão social,
histórica e cultural, contribuindo para a redução dos padrões atuais de danos
ambientais. Esse campo epistemológico investe na construção de um sujeito
crítico capaz de não apenas pensar, mas intervir positivamente neste contexto.
Em decorrência de as discussões ambientais estarem inseridas em um
contexto político e social permeado por relações de poder, a tarefa de definir
a EA é desafiadora, pois as subjetividades que perpassam esse campo dificultam
a elaboração de um conceito unívoco. Contudo, para além da delimitação
conceitual da EA, é necessário dar notoriedade aos seus desdobramentos na
estruturação de sociedades comprometidas com as questões ambientais.
É importante destacar o caráter permanente da EA, sendo fundamental um
processo de aprendizagem contínuo baseado no cuidado à diversidade, podendo ser
desenvolvida em diferentes abordagens, grupos sociais e espaços, sejam eles
formais ou não. Essa pluralidade cria condição para que as discussões de EA
sejam desenvolvidas em diferentes contextos, inclusive no atual, em que a
pandemia da Covid-19 impôs o isolamento social à população.
As redes sociais se destacam enquanto ferramentas que podem contribuir
para a disseminação de conteúdos em EA, visto que, essas tecnologias amplamente
utilizadas adquiriram especial relevância atualmente, sendo a principal
ferramenta utilizada por diversos setores públicos e privados, além da
utilização pessoal daqueles que aderiram ao isolamento social. Dentre as muitas
possibilidades que essas ferramentas oferecem destacam-se: esclarecer dúvidas,
contribuir com o conhecimento e acessar dados e informações confiáveis (OPAS,
2020).
Nesse sentido, tomamos como ponto de partida os estudos culturais, pois
estes tecem críticas às construções hierárquicas e práticas culturais que são
baseadas em dicotomias que fomentam discursos de preconceito cultural que
percebem determinadas culturas hegemônicas como superiores. Estes estudos
também se estendem às aprendizagens ao defenderem que essas ocorrem em diversas
instâncias como mídia, família, entidades religiosas, estabelecimentos de
saúde, instituições de ensino e redes sociais (Silva, Ribeiro, 2011).
Consideramos pensar, nesse estudo, este último enquanto artefato cultural, uma
vez que, são dotadas de pedagogias que produzem, reproduzem e divulgam
significados e perpassam por “valores e saberes que regulam condutas e modos de
ser; fabricam identidades e representações e constituem certas relações de
poder” (Sabat, 2001, p. 9).
É importante ressaltar que as redes sociais podem ser utilizadas como
ferramentas didáticas em diversos campos do conhecimento e, assim como a EA em
uma perspectiva crítica, tem a potencialidade de permear todos os espaços de
ensino-aprendizagem. Nessa perspectiva, o presente estudo objetiva discutir a
utilização das redes sociais para a Educação Ambiental no contexto das aulas
remotas, em uma instituição privada de ensino superior, durante o isolamento
social gerado pela pandemia da Covid-19.
Metodologia
O presente trabalho trata-se de uma
pesquisa qualitativa pensada no âmbito do componente curricular Meio Ambiente e
Sociedade (MAS), disciplina vinculada a todos os cursos de graduação em uma Instituição de Ensino Superior, localizada no interior
da Bahia, que oferta presencialmente formações nas
áreas de humanas, saúde e engenharias.
A
disciplina MAS tem como proposta a utilização de instrumentos de ensino e aprendizagem
interativos, no sentido de favorecer diferentes formas de construção
colaborativa do conhecimento. Nesse sentido, integra um grupo que se
caracteriza por ter carga horária compartilhada entre o espaço físico e
virtual. Assim, são desenvolvidas 40 horas em Ambiente Virtual de Aprendizagem
(AVA) e 20 horas em sala de aula, com a mediação do professor presencial,
perfazendo o total de 60 horas.
Com
o avanço da pandemia da Covid-19, todas as aulas da instituição passaram a ser
ofertadas de maneira remota, migrando todos os componentes curriculares para o
AVA, incluindo as 20 horas presenciais da disciplina em questão. A partir desse
contexto foi necessário repensar as estratégias anteriormente utilizadas para o
alcance dos objetivos da disciplina. A realização de seminários temáticos e
construções de projetos de intervenção
socioambiental tiveram de ser adaptados ao
novo contexto. Este estudo se debruça sobre a análise de uma estratégia
elaborada nesta perspectiva.
A
atividade foi planejada em etapas, a saber: formação de equipes de até oito
pessoas e criação de um perfil no Instagram
com tema contemporâneo de livre escolha sobre questões ambientais, seguindo
instruções específicas apresentadas pelo professor como ilustra a figura 01.
Figura 01: fluxograma de etapas da
atividade
Fonte: autoria própria.
Os dados, aqui apresentados, foram
construídos a partir de enquete investigativa a respeito das concepções dos
discentes sobre a proposta desenvolvida, seus resultados e desdobramentos. O
questionário foi enviado pelo Google Formulários
ao e-mail dos discentes pelo professor da disciplina. A enquete foi composta
por 11 perguntas que possibilitaram a coleta de dados gerais como o curso
matriculado, semestre letivo, redes sociais mais utilizadas e as estratégias
empregadas pelo grupo para comunicação durante o período de produção dos
materiais. De maneira mais específica, foi questionado sobre os critérios
utilizados na escolha do tema e como avaliaram a utilização das redes sociais
para a discussão da educação ambiental.
Esse trabalho foi realizado dentro
do planejamento pedagógico da disciplina, de modo que o primeiro autor desse
artigo é também o professor responsável pelo componente. Assim, a proposta
discutida surgiu a partir da necessidade de construções de novas ferramentas
metodológicas que marcam a transição do ensino presencial para o remoto que
ocorreu a partir de março de 2020. Neste sentido, a pesquisa não foi planejada
anteriormente, contudo, no decorrer do desenvolvimento da atividade notou-se o
potencial epistemológico desta, levando os pesquisadores a considerar a
produção e divulgação desse conhecimento.
Neste contexto, a pesquisa seguiu os
princípios éticos das Resoluções 466/2012 e 510/2016. Deste modo, os alunos ao
responderem a enquete concordaram com os termos que foram apresentados pelos
pesquisadores e estavam cientes que os dados construídos seriam utilizados na
produção deste estudo sendo assegurado o direito de não participação ou
desistência. Além disso, todos os nomes utilizados no corpo do texto são
fictícios, corroborando com a garantia estabelecida de anonimato.
A enquete investigativa contou
com a participação de 56 estudantes, matriculados nos cursos de Nutrição
(58,9%) e Odontologia (41,1%), que cursaram a disciplina Meio Ambiente e
Sociedade no semestre letivo realizado durante a pandemia da Covid-19 (semestre
letivo de 2020.1). As turmas eram compostas por discentes de semestres
distintos com 89,2% deles cursando entre o 1º e 5º e os demais (10,8%) entre o
6º e 10º período. Neste estudo, os alunos foram identificados pela letra E
representativa da palavra estudante seguida da numeração referente a sequência
de respostas da enquete.
Os resultados obtidos foram analisados
de acordo com a técnica de análise de conteúdo de Bardin. Em consonância com a
proposta da autora, o processo de análise foi organizado, nesse estudo, em três
etapas: pré-análise, exploração do material e tratamento/interpretação dos
resultados (Bardin, 2006).
Na pré-análise,
as ideias iniciais foram sistematizadas através de leitura flutuante com demarcação inicial do conteúdo a ser
analisado, utilizando para tanto, recortes dos dados obtidos. Na exploração do
material, houve a definição das categorias e subcategorias de análise, tomando
como elemento orientador o conteúdo demarcado na fase anterior. Nesse sentido,
categoria foram elaboradas duas categorias e subcategorias como apresentadas no
Quadro 1. Na terceira fase, os resultados foram sintetizados de forma a
destacar as informações que permitiram realizar interpretações, inferências e
análise reflexiva sobre os dados.
Quadro 1: Sistematização das categorias
e subcategorias de análise – Jequié- 2021.
Categorias |
Subcategorias |
Educação Ambiental no contexto da
epidemia da Covid-19 |
●
Associação entre a pandemia e problemas ambientais; ●
Manutenção da discussão ambiental em
período de pandemia. |
As redes sociais
enquanto espaços de promoção da Educação Ambiental. |
●
Potencialidades e limitações da
utilização das redes sociais para a Educação Ambiental em um contexto de
pandemia; |
A EA é um campo permeado por
fatores sociais, econômicos e culturais, por isso, está em constante
transformação. Assim, no contexto atual, essa área deve dialogar com as
mudanças consequentes da pandemia da Covid-19 que alterou consideravelmente a
forma como a humanidade lida com a natureza e com os seus pares. Se por um
lado, o isolamento social imposto reduziu a ação antrópica sobre a natureza,
como a diminuição de poluentes ambientais advindos da queima de combustíveis
fósseis, por outro, é
importante refletir sobre o possível aumento dos impactos ambientais nesse
período decorrentes da quantidade de lixo gerado e do consumo de energia e
água, por exemplo. Sobre essas questões, pesquisas do Centro de Estudos
Estratégicos da Fundação Oswaldo Cruz (CEE-Fiocruz) apontam que a emissão de
carbono, até maio de 2020, reduziu entre 5,5% e 5,7%, em contrapartida, os
resíduos domésticos aumentaram na proporção de 15% a 25% e o desmatamento
aumentou entre 59% no mesmo período (CEE-Fiocruz, 2020).
O posicionamento do estudante E3
corroborou com a ideia da necessidade de reflexão sobre esses impactos,
refletindo a respeito da responsabilidade que deve ser compartilhada por todos,
quando afirma que a metodologia proposta pela disciplina:
faz pensar o quanto somos responsáveis por ter que
proteger o meio ambiente em que vivemos. Para o reaproveitamento de materiais,
para economia, mudança de hábitos, dentre outros (E3).
A percepção do aluno apresenta
aspectos relevantes a serem ponderados, no que diz respeito ao exercício da
responsabilidade ambiental na esfera individual, porém suscita a necessidade de
problematizações sobre o equívoco de se equalizar a representatividade das
ações individuais às ações de grandes corporações e sistemas
político-econômicos, como se seus efeitos sobre o aumento ou redução dos
impactos ambientais fossem os mesmos.
Nessa perspectiva, Santos, et
al., (2013) defendem que o posicionamento reflexivo sobre o meio ambiente é
necessário para a compreensão da realidade da problemática, em que não há
espaço para culpabilização do indivíduo, mas para o exercício da
corresponsabilidade entre indivíduos-grupos-classes. Assim, será possível
pensar para além de estratégias cotidianas de proteção do meio ambiente e
exigir das grandes empresas e do próprio poder público, o cumprimento de suas
responsabilidades na mesma proporção da dimensão dos impactos causados.
Essa negação da desigualdade em
relação ao peso das responsabilidades ambientais e os conflitos dela advindos
tem sido constantemente reiterada pelo incentivo ao que se refere a fala de E3:
“reaproveitamento de materiais e mudanças de hábitos”. Esse posicionamento
remete a uma visão reducionista e limitante que pode permear, inclusive,
espaços educativos reverberando em um tipo de “educação ambiental de
auto-ajuda”, em que se “tenta revelar
em cada um o senso de responsabilidade individual para com o meio ambiente, mas
focando sempre no indivíduo e na sua necessidade de ser “o salvador do planeta”
[...] (Santos, et. al., 2013: 252-253)”.
A correlação entre problemática
ambiental e a Covid-19 também foi contemplada nas falas dos estudantes ao
afirmarem que as mudanças ocasionadas em decorrência do isolamento social
refletiram sobre a alienação da população no que tange às questões ambientais.
Manifestaram, nesse sentido, preocupação com o aparente desinteresse das
pessoas por essas temáticas, como no excerto a seguir:
Em tempos de pandemia as pessoas procuram menos
temas polêmicos e buscam coisas que procurem deixá-las mais tranquilas em meio
a todo o ‘caos’ (E1).
O
discente E1 chama atenção em sua fala para uma possível motivação que leva as
pessoas a ignorarem os impactos do isolamento social no meio ambiente. De
acordo com o estudante, muitos procuram subterfúgios à preocupação com a
pandemia na busca por tornar o período de isolamento menos turbulento.
Entendemos
que na tentativa de minimizar os efeitos psicológicos, muitas pessoas se
afastam de temáticas e discussões que podem potencializar situações de tensão,
a exemplo das questões ambientais. Nesse sentido, o estudo de Maia e Dias
(2020) que discute a relação entre ansiedade, depressão e estresse em
estudantes universitários durante a pandemia da Covid-19, aponta que apesar de
não fazerem parte dos grupos mais vulneráveis às complicações decorrentes da
doença, houve aumento de perturbação psicológica entre os discentes em relação
a períodos anteriores.
Salientamos
que no contexto nacional, fugir à discussão da problemática ambiental pode ser
uma armadilha se pensarmos o histórico de conflitos nesse campo, que desde o
período colonial se constituem enquanto entraves à adoção do modelo de
sustentabilidade[3] no
Brasil. Ataques às políticas de preservação ambiental que foram conquistadas a
partir das lutas travadas pelos movimentos sociais têm sido constantes no país.
Recentemente ganhou destaque midiático a gravação em vídeo da reunião
ministerial ocorrida em 22 de abril de 2020 ao ser liberada pelo Supremo
Tribunal Federal (STF), ocasião em que o ministro do meio ambiente Ricardo
Salles afirmou:
Precisa ter um esforço nosso aqui enquanto estamos nesse momento de
tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de Covid, e
ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas
(Ministro Ricardo Salles/STF, 2020).
No período da reunião, o Brasil
contava com mais de 45 mil pessoas infectadas pela Covid-19 e quase três mil
mortos. Apesar de não ser um encontro ministerial específico para discussão de
políticas ambientais, a fala do ministro se sobressaiu, por apontar o período
da pandemia como uma oportunidade de flexibilizar as políticas ambientais. Cabe
pontuar que diversas alterações foram publicadas entre março e abril que
sinalizam para a passagem da “boiada” dita pelo ministro.
Dentre as alterações que ganharam
destaque nesse período estão: a medida que permite a invasão e exploração de
terras indígenas que ainda não foram homologadas (Brasil, 2020) e a redução da distância entre as
áreas povoadas e os locais em que os agrotóxicos são utilizados (Brasil, 2020a). Em abril,
após discussão polêmica da ação que o Ibama realizou contra garimpeiros que
exploravam as propriedades de indígenas do Pará, o ministro supracitado,
demitiu o diretor do órgão, Olivaldi Azevedo e mais dois funcionários que
comandavam a operação.
Em maio de 2020, o governo
federal autorizou mudanças no Instituto Chico Mendes de Conservação e
Biodiversidade (ICMBio), reduzindo para menos da metade o número de servidores
responsáveis pelas unidades de conservação e permitiu que pessoas fora do órgão
ocupassem esses cargos. Assim, apenas uma, de um total de cinco gerências, foi
ocupada por agente do órgão. Além das medidas que conseguiram aprovação nesse
período, outras foram propostas sem êxito, como o Projeto de Lei 2633/2020, que
visava a regularização de terras públicas ilegalmente ocupadas e a reforma
infralegal que permitia o desmatamento da Mata Atlântica.
Dado o contexto supracitado de
ataques às políticas ambientais é importante questionar: a quem serve o atual
governo federal e seu ministro do meio ambiente? Qual o espaço que o meio
ambiente ocupa nesse governo? Qual o projeto de sociedade, de práticas
econômicas e sociais é defendido por eles? Estas problematizações alertam para
a necessidade de fiscalização popular das decisões políticas durante o período
da pandemia que sinaliza para
a possibilidade de associar a pandemia ao problema
ambiental,[...], para que assim tente gerar uma consciência ambiental (E2).
A
fala de E2 corrobora com diversos posicionamentos de outros discentes
inquiridos que apontaram para a necessidade de sensibilização sobre as questões
ambientais. Apesar de o termo escolhido por ele (consciência ambiental) ser
motivo de controvérsias na área de Educação Ambiental, o ato de refletir sobre
a associação entre pandemia e problemas ambientais denota o exercício de
pensamento crítico por parte do estudante. Esse processo reflexivo remete ao
campo de intervenção da EA que não pode ser neutro e cujo desenvolvimento
ocorre a partir das problematizações que levam em consideração a história e os
conflitos de interesses que os agentes defendem.
Neste
sentido, a EA assume um importante papel em diversas situações conflituosas ao
se debruçar na construção investigativa dos processos produtores de sentidos
sociais, implodindo os paradigmas construídos e que são reproduzidos como “verdades
inquestionáveis”. Também adquire relevância quando potencializa os processos de
autonomia e liberdade das pessoas imersas em um sistema que incentiva o consumo
desenfreado e incita a percepção de que as questões ambientais são
indissociáveis das culturais, econômicas e políticas. Sobre essa questão o
aluno E24 disse que:
Nessa atividade a gente teve que pensar em várias
situações atuais que a questão ambiental estivesse envolvida, se não fica muito
do mesmo e não representa todas as pessoas.
A fala do estudante remete a um
olhar plural diante das inter-relações estabelecidas entre as questões
ambientais e demais fatores ao colocar em evidência o contexto atual da
problemática ambiental. Ao fazer isso, ele põe em movimento a ideia de que os
aspectos socioeconômicos e culturais exercem influência sobre o campo
ambiental, e portanto, carecem de problematizações melhor contextualizadas.
Entretanto, a noção de
representatividade coletiva presente em sua fala é passível de questionamentos,
uma vez que, as pessoas não estão em condições de igualdade e esse discurso
pode contribuir para o apagamento dessas diferenças. Assim, para além de
representar todas as pessoas, a educação ambiental deve proporcionar espaços
onde os conflitos possam emergir, pois o próprio discurso de representação
igualitária pode representar uma armadilha que obscurece os conflitos sociais,
silenciando-os (Acselrad, 2013).
Neste sentido, a percepção do
aluno E24 sobre ações que representem a todos não dá conta de pensar as marcas
estruturadoras dos conflitos que permeiam as discussões ambientais. Cabe
pontuar, que em um contexto marcado por relações desiguais de parâmetros
ecológicos e econômicos, a escolha pela resolução de conflitos terá, na maioria
das vezes, a supremacia da geração do capital em detrimento das questões
ambientais. Assim, a EA pode ser utilizada por grandes empresas que ocupam a
hegemonia do capital como forma de balancear os danos causados por suas
atividades.
Nesta perspectiva, mais
importante do que simplesmente resolver os problemas que permeiam as questões
ambientais é refletir e agir sobre a constituição deles, tendo em vista que o
princípio de igualdade não é aplicável na maioria das situações, afinal as
pessoas não estão em condições iguais de envolvimento e de acesso à informação.
É também fundamental questionar a própria EA e seus agentes nos caminhos
percorridos, garantindo uma constante reavaliação do processo para que esse
importante campo do conhecimento não sirva ao sistema que deveria
desestabilizar (Santos, et. al., 2013).
Por fim, apostamos na compreensão
da aluna E4 que disse: “mesmo com a
pandemia é possível continuar a tentativa de Educação Ambiental”,
reconhecendo que mesmo em um contexto atípico além de possível, é
necessário o olhar atento para as questões ambientais na constante tentativa
(visto que a EA é processual) de repensar, proteger e intervir no cenário de
danos construído no decorrer da história.
As redes sociais enquanto espaços de promoção da Educação
Ambiental
Esta categoria se debruça sobre as
potencialidades e limitações da utilização do Instagram na discussão de temáticas
ambientais. Para iniciar essas reflexões, retomamos, como dito na categoria
anterior, a problematização das redes sociais
enquanto espaços promissores na democratização de conhecimentos na área
ambiental. Esse olhar foi compartilhado pelos estudantes E1, E15 e E28 ao
afirmarem:
Por ser em redes sociais, as
informações chegam mais rápido e conhecemos novos assuntos
(E1).
Vejo que é uma forma de democratizar
informações importantes [...] (E15).
Um dos pontos positivos seria conseguir
alcançar muitas pessoas e levar informações importantíssimas que talvez muitos
ainda desconhecem (E28).
Nas
falas dos discentes são apontadas algumas potencialidades das redes sociais
para discussão de temáticas ambientais. Destacam-se, a velocidade com que as
informações são disseminadas nesses espaços e a abrangência dessas redes que
são utilizadas por milhares de pessoas em todo o mundo. Concordando com E28,
acreditamos que as redes sociais possam realmente ser um importante canal de
produção/divulgação de conhecimentos sobre questões socioambientais, contudo,
mesmo alcançando grande número de pessoas, não podemos deixar de pensar nas
limitações impostas àqueles que por diferentes motivos não conseguem usufruir
completamente dessas tecnologias.
Os discentes E3 e E50 levantaram essa
problemática ao trazerem em suas falas alguns aspectos a serem pensados na
utilização de metodologias educativas mediadas pelas redes sociais:
Infelizmente, muitas pessoas não têm
acesso à rede
de internet ou computadores. Essa questão ficou ainda mais evidente agora com essa
pandemia (E3).
Uma dificuldade é atingir pessoas de
baixa renda (E50).
Os pontos levantados pelos estudantes
são corroborados pela pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) que em 2018 demonstrou que 25,3% dos brasileiros acima de 10
anos não possuíam acesso à internet. As regiões Norte e Nordeste foram as que
apresentaram maior percentual local, 36% e 35,3%, respectivamente. As
justificativas para a não utilização foram: falta de interesse pela web,
questões financeiras e não saber usar a internet. Além disso, as pessoas que
vivem na zona rural alegaram a inexistência do serviço em suas regiões,
impossibilitando assim o seu uso (IBGE, 2018).
Essa discussão também nos remete à
necessidade de problematizar esses espaços enquanto ambientes potencialmente
democráticos, uma vez que, mesmo considerando a grande dimensão do acesso, isso
não garante a democratização, pois as redes sociais podem se apresentar como
espaços hegemônicos. A abrangência da
informação veiculada está diretamente relacionada com o perfil e a popularidade
de quem produz o conteúdo, dentre outros aspectos complexos que podem impactar
no processo de democratização do conhecimento, afinal as redes não são
neutras, pois refletem determinadas lógicas de mercado, de concepções daqueles
que as produzem/controlam e de suas intenções político-filosóficas.
Assim, para além do acesso, as redes
sociais apresentam outros aspectos que precisam ser contextualizados e
problematizados, a exemplo da utopia da suposta democratização do conhecimento
enquanto advindos de ideais de equidade e justiça social, quando na verdade
existem fatores inerentes ao interesse de expansão econômica de grandes
corporações que são as que mais ganham com o discurso da inclusão digital e
democratização tecnológica por meio da venda de seus produtos e serviços.
Não
se pode negar que a multiplicidade de possibilidades tecnológicas, resultantes
do advento da internet, contribui com a criação de redes pelas quais estão
conectados diferentes grupos de pessoas em escala mundial. Contudo, a internet
é um importante mecanismo de vigilância e controle, em que os dados, desejos e
intenções são, constantemente, observados. Um grande marco de evidência de tal
vigilância foi protagonizado por Edward Snowden que ganhou visibilidade em 2013
ao tornar públicos detalhes
do sistema de vigilância global da Agência Nacional de Segurança (NSA)
americana. Em seu livro Eterna Vigilância
ele relata, dentre outras coisas, como a internet possibilitou que tudo aquilo
que revelamos possa ser vigiado e vendido com respaldo de nossos próprios
governos. Em suma, como a dita democratização tecnológica se configura enquanto
ferramenta de controle.
Nesse sentido, as redes sociais podem, muitas
vezes, ir à contramão da democracia funcionando como elementos de doutrinação
dos sujeitos. Conteúdos ambíguos, inventados para atender a interesses diversos
(políticos, econômicos, etc.) estão em constante movimento nesses espaços. É necessário discutir a dita democratização potencializada pelas redes sociais em uma dimensão crítica para não
incorrermos no equívoco de enxergar liberdade onde há opressão e conhecimento
onde há alienação.
Em tempos de pandemia da Covid-19
a atenção a essa dicotomia relacionada ao processo de divulgação de informações
é fundamental, inclusive, no que diz respeito às questões ambientais. Neste
contexto, também ganha destaque o fenômeno das fake news ganha que se constitui em uma prática comum atualmente de propagação
de informações falsas e enviesadas, muitas vezes, alimentada pelo discurso de
militância por garantias de liberdade de expressão. O estudante E2 chama
atenção para isso quando diz:
Como em qualquer outro assunto
divulgado nas redes sociais, enfrenta-se a problemática das fakes news, que
propagam informações falsas. Em tempo de pandemia devemos ter ainda mais
cautela com as notícias que lemos (E2).
A observação do aluno E2 é bastante
pertinente, tendo em vista que o fenômeno de divulgação das fake news durante a pandemia foi um
processo marcante. Na tentativa de reduzir esse movimento o Ministério da Saúde (MS) criou o canal “Saúde Sem Fake News”, possibilitando que a
população enviasse, por mensagens instantâneas no Whatsapp, informações
recebidas nas redes sociais sobre a Covid-19, para que o ministério atestasse
ou não a veracidade. Após fazer a verificação, os questionamentos recebidos e
suas respectivas respostas foram publicados no Portal Saúde e em perfis
oficiais do MS. Em julho de 2020, no canal constava o registro de 84
informações falsas que estavam sendo veiculadas nas redes sobre a patologia, a
maioria delas apontavam para possíveis origens, tratamentos ou formas de
prevenção (Brasil, 2020b).
Os estudantes E11 e E29, demonstrando
essa mesma preocupação com as fake news,
evidenciaram o que consideram algumas das limitações
das redes sociais para a discussão da temática ambiental:
Compartilhamento de informações erradas
disponibilizadas em muitos sites (E11).
Saber o que é uma informação verdadeira
ou falsa (fake news) (E29).
Em contrapartida, quando as redes
sociais são utilizadas com responsabilidade, podem ser locais de interação e comunicação propiciando a construção
de conhecimentos com respaldo científico e atendendo a objetivos pedagógicos
como pondera Rabello (2015, p. 737): “[...] as possibilidades de interação entre os
participantes da rede social no ciberespaço constituem um grande potencial para
o desenvolvimento de processos de aprendizagem formal e informal ao expandir o
ambiente de aprendizagem para além do espaço físico da sala de aula presencial”.
A interação apontada pelo autor esteve
muito presente nas falas dos estudantes, ora elucidando aspectos positivos, ora
apontando limitações nesse sentido. Em relação às potencialidades interativas,
ressaltaram que no meio virtual as pessoas exercitam mais o hábito de comentar,
o que na abordagem do conteúdo pode representar um ganho significativo por
permitir a produção discursiva sobre a temática abordada e favorecer a
construção coletiva do conhecimento. Essa interação propicia, inclusive, a
maior horizontalidade das comunicações entre os envolvidos no processo,
aproximando-os.
Gonçalves e Silva (2014) defendem a
ideia de que as redes sociais, além de se constituírem em pontes de aproximação
entre as pessoas, também colocam em evidência o papel de cada membro do
processo interativo marcando novas formas de relacionamentos
humanos. Nesse sentido, podemos afirmar que as
redes sociais dão voz aos atores e, talvez, essa seja uma das suas
potencialidades educacionais para o presente e o futuro. Esse pensamento
encontra respaldo em Goulart (2014, p. 26)
quando afirma: “pensar a educação sem a apropriação dessas tecnologias é educar
para o passado”.
Se
por um lado as redes sociais são importantes espaços contemporâneos para a
comunicação entre as pessoas, se tornando para muitos, a principal ferramenta
para dialogar com seus familiares, amigos e colegas de trabalho; por outro, em diversas
ocasiões, são acusadas de promoverem a redução da interação entre
pessoas geograficamente próximas, potencializando relações frágeis e
aligeiradas que são, muitas vezes, marcadas pelo teor de descartabilidade
social (Gonçalves, Silva, 2014).
Sobre a fragilidade das relações, alguns alunos sinalizaram para a existência de limitações nas discussões
sobre as questões ambientais em espaço virtual, como: a redução do diálogo, da
interação e da possibilidade de mensurar o impacto que essas informações terão
nas ações cotidianas do público e apontaram que o fato de a página ter uma
quantidade expressiva de seguidores não é garantia de que terão um feedback sobre o processo educativo
promovido.
Considerações finais
Como
discutido, a pandemia da Covid-19 impôs o isolamento social e,
consequentemente, foram necessárias estratégias educativas alternativas em
todos os níveis de ensino. Na educação superior, diversas instituições passaram
a desenvolver as suas atividades em uma perspectiva de aulas remotas. Assim,
novas abordagens metodológicas foram adotadas e adaptadas
a diferentes componentes curriculares e suas respectivas temáticas, inclusive
na área ambiental.
Com relação à utilização do Instagram como uma das
possíveis novas abordagens nesse contexto, os principais pontos positivos elencados pelos estudantes foram: a velocidade de acesso, o grande público atingido, a
interação entre os usuários e a democratização do conhecimento. Estes dois
últimos precisam ser problematizados, uma vez que também foram apresentados
enquanto limitações, tendo em vista que diversos fatores interferem nesses
processos.
Sobre a democratização, pondera-se a
inexistência do acesso universal às mídias sociais, que reflete realidades
socioeconômicas diferentes, além da abrangência da informação veiculada estar
diretamente relacionada com o perfil e a popularidade de quem produz o
conteúdo. Em relação à interação, possíveis
limitações seriam a redução do diálogo e dificuldade em mensurar o impacto que
essas informações terão nas ações cotidianas do público. Outro fator relevante
é a dificuldade em averiguar a veracidade das informações veiculadas nas redes
sociais, pois diversos conteúdos falsos e enviesados são divulgados diariamente
nestes espaços.
A metodologia empregada para discussão
dessas temáticas se fez relevante, especialmente, diante do cenário de
retrocessos nas questões ambientais, discutido neste estudo. Tendo em vista as
interferências políticas ocorridas no período da pandemia, apontamos para a
necessidade de atenção às questões ambientais mesmo em um cenário de tensões
gerado pelo alcance da patologia e seus impactos socioambientais e econômicos
que refletem negativamente na saúde física e emocional das pessoas. Diante
disso, fugir às questões conflitantes como a EA, nesse período, pode se
constituir como um perigoso exercício, pois a falta de fiscalização popular
abre espaços para a consolidação das políticas de desmonte ambiental.
Assim,
consideramos pensar as redes sociais, apesar das limitações apresentadas, enquanto
importantes espaços para as discussões da EA, sobretudo, em um período em que
as intervenções no espaço físico foram impactadas pela pandemia da Covid-19.
Entretanto, cabe pontuar que essas tecnologias não se restringem a contextos
atípicos como o de isolamento social, mas suas potencialidades podem ser
exploradas em qualquer tempo e espaço educativo quando direcionadas por
objetivos pedagógicos.
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04-21, 2001.
[1] Doutorando em
Educação Científica e Formação de Professores, Universidade Estadual do Sudoeste
da Bahia -UESB. Docente do Centro
Universitário de Tecnologia e
Ciências (UniFTC) / Professor
da Rede Estadual
de Ensino da
Bahia.
Maracás-BA, Brasil. E-mail: ronielbiologia@hotmail.com
https://orcid.org/0000-0003-1714-2614
[2] Mestra em
Educação Científica e Formação
de Professores, Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia – UESB. Docente do
Centro Universitário de
Tecnologia e Ciências (UniFTC). Jequié-BA, Brasil. Email: laimachado18@gmail.com https://orcid.org/0000-0001-9109-2585
[3]
“A sustentabilidade é uma maneira de repensar a produção e o processo
econômico, de abrir fluxo do tempo a partir da reconfiguração das identidades,
rompendo o cerco do mundo e o fechamento da história impostos pela globalização
econômica”. (LEFF, 2010, p. 31). Sobre essa questão Loureiro (2012) pondera que
a dignidade de vida e a igualdade são condições fundamentais para a existência
de sustentabilidade.